Mesmo objetivo, sistemática diferente – Entenda como a sanitização e desinfecção atuam no processo de higienização dos ambientes
Quando falamos sobre o processo de higienização dos ambientes, dois termos acabam sendo comumente associados e muitas vezes confundidos: a sanitização e desinfecção.
Mas essas expressões têm significados muito diferentes e cada uma delas tem duas indicações, de acordo com as recomendações e exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Por isso que hoje iremos explicar com detalhes a diferença entre sanitização e desinfecção. Vamos lá?
QUAL A DIFERENÇA ENTRE SANITIZAÇÃO E DESINFECÇÃO?
Como citamos anteriormente, os processos de sanitização e desinfecção possuem diferenças. Embora o objetivo seja o mesmo: reduzir microrganismos presentes nos ambientes.
Então podemos entender como sanitização, o método de redução de agentes infecciosos e críticos em níveis considerados seguros para a saúde pública.
O foco não se limita apenas em deixar o ambiente limpo, mas se estende em garantir a biossegurança, qualidade e segurança com base nos parâmetros legais.
Curiosamente, a sanitização mostra-se mais apropriada à indústria de alimentos. A prática envolve o uso de sanitizantes e desinfetantes específicos para aniquilar a carga microbiana.
Sendo assim, este processo demanda conhecimento às diferentes regras de execução.
Já a desinfecção consiste no procedimento aplicado na eliminação de microrganismos, bactérias e vírus (exceto esporos bacterianos).
Ao desinfectar, você deixará ambientes e superfícies livres da presença de patógenos.
Afinal, qual processo é eficaz? Os dois atuam de forma imprescindível para amenizar os riscos causados por agentes infecciosos, bactérias e fungos.
Por outro lado, a principal diferença entre sanitização e desinfecção é o tipo de produto químico utilizado e o tempo de aplicação.
E A LIMPEZA?
Bom, por se tratar do processo mais comum de todos, a limpeza faz a remoção das sujidades visíveis e matéria orgânica. Além disso, é eficaz na eliminação de detritos e microrganismos.
Sua aplicação apresenta maior facilidade, por isso é tão aplicada em qualquer ambiente. Seja de trabalho, residencial ou hospitalar.
A limpeza serve de base para os processos de sanitização e desinfecção.
SAIBA COMO ATINGIR A EFICÁCIA DA SANITIZAÇÃO E DESINFECÇÃO
Inicialmente é necessário manipular os produtos certos com compostos químicos que atuam em tempos de contato especificado para assegurar a sanitização e desinfecção.
Você deve estar se perguntando como fazer isso… a gente te explica!
Os parâmetros de utilização são descritos no rótulo do produto e devem ser seguidos estritamente para se obter o controle desejado. Torna-se indispensável a aplicação de produtos regularizados de acordo com as diretrizes da ANVISA.
Sendo assim, a eficácia de um produto químico para sanitização e desinfecção baseia-se na sua capacidade de reduzir consideravelmente o nível de contaminação.
Enquanto os sanitizantes atuam em aproximadamente 30 segundos para remover a vida microbiana de superfícies, os desinfetantes levam em torno de 10 minutos para agir.
O nível de limpeza das superfícies é o que vai determinar o êxito da higienização. Geralmente, a desinfecção é feita em superfícies livres de matéria orgânica e resíduos de limpeza.
Tendo como ordem de eventos a seguinte recomendação: enxaguar, lavar, enxaguar e sanitizar.
PRODUTOS QUÍMICOS PARA A SANITIZAÇÃO E DESINFECÇÃO
Alguns exemplos de princípios ativos destas substâncias são:
Hipoclorito- trata-se de um oxidante forte que matam os microrganismos, danificando sua membrana externa para que haja a perda de controle da permeabilidade e cause a vulnerabilidade celular. Os hipocloritos podem ainda destroem o DNA a partir da inibição de enzimas celulares;
Ácido peracético (PAA)- provoca a ruptura de ligações químicas dentro da membrana celular. Além de remover biofilmes e ser mais ativo que os hipocloritos;
Iodóforos (compostos de iodo)- estes compostos ligam-se aos radicais sulfúricos de proteínas como a cisteína para causar a inativação e danos à parede celular.
Dióxido de cloro- esse tipo de oxidante reage com as proteínas e ácidos graxos dentro da membrana celular, resultando em perda de controle de permeabilidade e interrupção da síntese de proteínas.
Compostos de Quaternário de Amônia (QACs)- são componentes químicos complexos que bloqueiam a absorção de nutrientes para a célula microbiana e impede a descarga de resíduos.
Contudo, para que se garantir a plena higienização é essencial prestar atenção aos cuidados diante tantas opções disponíveis no mercado. Além disso, nem sempre o baixo custo é o mais vantajoso.
MAS QUAIS AMBIENTES DEVEM SER LIMPOS, SANITIZADOS OU DESINFECTADOS?

É importante deixar claro que existem muitos fatores que interferem na eficácia destes métodos. Alguns pontos devem ser levados em consideração para definir qual o melhor procedimento para cada ambiente.
Isso envolve diretamente o número de pessoas que frequentam esse espaço, qual a finalidade do processo e o modo de prevenção exigido.
Os hospitais, clínicas e laboratórios, por exemplo, devem ser desinfetados. Uma vez que o risco de patógenos é muito elevado.
Já indústrias alimentícias, restaurantes e escritórios, precisam da sanitização para fazer o tratamento adequado.
CUIDADO ESPECIAL COM A DESINFECÇÃO
Embora a desinfecção apresente maior nível de proteção, não se deve ser praticada em qualquer ambiente. Sabe por quê?
Os produtos específicos representam maiores riscos para a saúde humana se forem concentrados de forma totalmente errada, sem o cuidado adequado.
Sem contar que se utilizados em ambientes que não necessitam deste tratamento, poderá surtir justamente o efeito contrário no qual os microrganismos tornam-se mais resistentes.
Cuide do ambiente, proteja-o contra a ação de vírus e bactérias com a sanitização e desinfecção. Mas lembre-se: solicite ajuda de um especialista para que tudo ocorra de forma adequada e segura!